Lixões a céu aberto recebem cerca de 40% dos resíduos brasileiros

 Segundo o panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2021, elaborado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em 2020, cerca de 30,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos não têm destino adequado. Com este volume seria possível encher 765 estádios do maracanã. 
“ Os índices verificados nas regiões Sudeste e Sul, ambas com mais de 70% dos resíduos sendo encaminhados para destinação adequada demonstra que é possível avançar para o encerramento dos descartes inadequados”, diz Carlos Silva Filho, diretor presidente da Abrelpe. Conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos ( PNRS) instituída pela lei n0 12.305 de 2010, o Brasil tinha como objetivo pôr um fim aos lixões até 2014, porém, embora medidas de coleta seletiva e adequação de aterros tenham ocorrido em muitos municípios brasileiros, a PNRS falhou em seu cronograma. Frente a esta realidade, uma comissão governamental prorrogou o prazo para até 2024.
 Desde 1991 os lixões são proibidos e é considerado crime ambiental, entretanto, temos cerca de 2.500 lixões ativos sendo abastecidos pela metade das cidades brasileiras.
 Entre 2010 e 2019 houve um crescimento de 16%, passando de 25 milhões de toneladas para 29 milhões de toneladas por ano de resíduos sólidos sendo destinados a lixões e aterros.
 Além do impacto ambiental negativo, o levantamento também destaca impactos para a saúde da população. Estima-se que quase 80 milhões de pessoas tenham sido afetadas por conta da destinação inadequada dos resíduos para lixões a céu aberto. Estes lixões se tornam abrigo para diversos animais que podem ser potenciais transmissores de doenças, acúmulo de água em entulhos, por exemplo, serve de criadouro para o Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya. 

Fonte: ABRELPE

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